Representação é uma forma de inclusão, apesar de rimar e parecer clichê essa é sim a forma mais eficiente de conseguirmos estar presente em todos os espaços. E por falar em representação, lá no Facebook tenho trabalhando bastante em cima desse tema, com as séries de algum tema específico.
Comecei com os super-heróis com deficiência e agora estou com uma de personagens históricos com deficiência, além de levar um conteúdo diferente, a ideia das séries é mostrar as pessoas que nós pessoas com deficiência estivemos presentes em diferentes períodos históricos e que tratar do assunto “deficiências” não é um fenômeno novo, apesar da constante atualização e construção de conceitos.
E essa presença ao longo do tempo nos garantiu sim representatividade, mas o que isso nos trouxe? A logo prazo a presença e a luta de alguns garantiu acesso e a quebra de paradigmas. Mas e hoje como é? Existem sim muitas pessoas em diversos meios que lutam e representam as pessoas com deficiência, mas também existem aqueles que usam a deficiência ou as pessoas com deficiência para se promover.
Já pensou naquele cara que te representa? E pensou se ele realmente te representa e luta pela nossa causa? Para ter essa resposta é bem simples basta pensar nas ações dessa pessoa, ela questiona a ausência de acessibilidade em locais públicos? Ela pede a presença de mais pessoas com deficiência nos locais onde ela frequenta? Ela se posiciona diante as questões da nossa causa? Ou ela apenas usa a deficiência ou as pessoas para se promover?
Esse grande desafio da representatividade, ou seja, ser ativo e buscar representar, mas também questionar e promover a melhora das condições daqueles que se sentem representados por alguém.
Em 2018, essa representatividade ganha ainda mais força com o período eleitoral, visto que alguns candidatos com e sem deficiência levam a nossa causa para os debates, ai fica a reflexão: Eles realmente nos representam ou usam a nossa causa em busca de votos?
“Esse grande desafio da representatividade, ou seja, ser ativo e buscar representar, mas também questionar e promover a melhora das condições daqueles que se sentem representados por alguém.”
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