No Brasil, temos mais de 10 milhões de surdos, porém a educação para eles não depende apenas de conhecer as Libras, que é a língua oficial. Esse assunto foi o tema da redação do ENEM em 2017.
A Lei Federal nº 9.394/1996 relata que, a pessoa com deficiência tem direito à educação pública e gratuita e, preferencialmente, na rede regular de ensino. E ainda, se for o caso, à educação adaptada às suas necessidades educacionais especiais.
As Libras ou linguagem de sinais são consideradas como uma disciplina obrigatória em cursos de licenciatura desde 2005. Apesar disso, não fornece ao professor a preparação necessária para auxiliar os seus alunos. Além disso, as Diretrizes Nacionais para a educação de pessoas com deficiência, diz que deve haver um intérprete na sala de aula para alunos surdos ou com deficiência auditiva.
Importante ressaltar que surdos e deficientes auditivos não são sinônimos, pois surdos nunca ouviram, já nasceram assim e, pessoas com deficiência auditiva, possuem uma perda parcial ou total, e, em sua maioria, podem resolver através de tratamento clínico, cirurgia ou aparelhos auditivos.
Voltando a falar sobre a formação educacional de surdos, no Brasil, se teve início em 1857, quando um professor surdo, chamado Eduard Huet, chegou ao Rio de Janeiro a pedido do Imperador D. Pedro II. Através da fundação do Imperial Instituto de Surdos-Mudos, se iniciou um processo de educação formal dos surdos no Brasil. Assim, passaram a ter uma escola especializada para sua educação. E ainda, as meninas surdas só tiveram o direito à educação no início do século XX, com o surgimento do Instituto Santa Terezinha, em São Paulo.
Por fim, hoje é necessário o preparo de profissionais para haver a inclusão. Além de ter a disciplina na formação de professores, deveria ser obrigatória para todos os cursos no ensino superior, incluindo a pós-graduação, mestrado e doutorado, como seria a correta forma da proposta de educação inclusiva.
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