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Foto do escritorAntonio Silva

O ESPORTE COMO FORMA DE COMBATER O ASSISTENCIALISMO


A sociedade ainda não está pronta para as pessoas com deficiência, seja por conta das barreiras estruturais como falta de rampas e outras formas de acessibilidade, ou seja, pela forma de pensamento diante das diferentes deficiências que estão presentes em nosso cotidiano. Por isso, que o esporte tem muita força no processo inclusivo, e foi através dele que Rodrigo Schu, de 33 anos se redescobriu após a lesão medular que atingiu a vértebra T8, devido a um acidente de trânsito.


O paradesporto

Foi através do paradesporto que Rodrigo se redescobriu, começou no basquete em cadeira de rodas, e depois que descobriu o paraciclismo foi amor a primeira vista. Segundo Rodrigo o esporte é a possibilidade de vencer o assistencialismo e a ideia de exemplo de superação “Tenho a possibilidade de ser visto com um paratleta de alto desempenho.” Declara.

A opção pelo paraciclismo se deu pela necessidade de buscar um exercício cardiorrespiratório, para vencer o sobrepeso “Depois que pedalei a primeira vez, encontrei meu lugar no mundo.” Conta.

“Tenho a possibilidade de ser visto com um paratleta de alto desempenho.”

O paraciclismo

O paraciclismo em geral é praticado por pessoas com deficiência física, ou por qualquer pessoa que tenha alguma perda de mobilidade quando comparada com um ciclista convencional. As categorias são divididas em H, C, Tandem e Triciclo, Rodrigo explica “Sendo H para handbikes, bikes de propulsão gerada pelas mãos/braços, C que são bikes normais adaptadas as necessidades do paratleta, Tandem que são bikes de dois lugares para um piloto e um deficiente visual, e triciclos que são para paratletas cuja a deficiência não permite equilíbrio.”


Competições

Com a prática e os treinamentos no paraciclismo, logo vieram às competições e com elas os bons resultados “A primeira competição oficial que participei foi a 34° Maratona Internacional de Porto Alegre em 2017, que venci por uma vantagem expressiva.” Logo depois veio o título gaúcho de Paraciclismo na categoria H3, já em 2018, veio o bicampeonato da Maratona Internacional de Porto Alegre e Rodrigo quer ainda mais “Pretendo manter o título de Campeão Gaúcho, no fim deste ano.” Comenta.

“Pretendo manter o título de Campeão Gaúcho, no fim deste ano.”

Dificuldades

Além das questões estruturais para a prática do esporte, tem a dificuldade financeira tanto na aquisição dos equipamentos quanto na busca por patrocínios, de acordo com Rodrigo “As maiores dificuldades são a falta de conhecimento sobre o esporte e o alto custo dos equipamentos”, explica. Enquanto uma handbike de passeio custa de R$ 2 à 5 mil reais, as de competições que são importadas chegam a custar de R$ 20 à 50 mil.

Mesmo com todas as dificuldades o importante para Rodrigo e tantos outros atletas é não desistir, buscar formas e força para vencer os obstáculos “A única pessoa que põe limite em suas realizações é você, portanto, não fale as pessoas sobre seus sonhos, mostre a elas.” Finaliza.

“A única pessoa que põe limite em suas realizações é você, portanto, não fale as pessoas sobre seus sonhos, mostre a elas.”

Créditos:

Fotos: Rodrigo – Arquivo pessoal

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