Segundo estimativas existem cerca 20 mil pessoas com nanismo no Brasil, uma delas é Leonardo Reis, 39 anos, carioca, mais conhecido como Gigante Léo. Léo ganhou o Brasil com vários papéis na televisão, se destacando como ator e humorista. Léo conta que é o único da família com nanismo e que isso fez com que ele fosse criado de forma igualitária, sem nunca ser tratado como coitado “Provavelmente por causa dessa criação, nunca percebi ou deixei que fizesse bullying comigo. Quando alguém vinha com alguma gracinha eu já respondia com outras gracinhas e tudo ficava resolvido.”
Léo começou no teatro aos 9 anos de idade na igreja, e desde então não parou mais, fez cursos, peças amadoras, semiprofissionais até se profissionalizar no stand-up. Segundo ele a escolha pelo humor foi uma escolha de vida, “sempre fiz peça de humor, mas não o humor convencional onde a figura do anão é ridicularizado. Fazia peças clássicas de humor onde a personagem era engraçada por si só e não pelo fato de ser anão.” Comenta.
Sobre a questão da pessoa com deficiência, Léo comenta, que já percebe uma evolução na questão da acessibilidade, porém, ele ainda sente falta do debate dessas questões na sociedade e no universo da arte, “ainda temos algumas melhorias de acessibilidade para serem feitas para pessoas com nanismo, mas acho que já evoluímos bastante”, sobre a participação das pessoas com nanismo na mídia, já é possível perceber a abertura de portas para uma pessoa com nanismo fazer qualquer papel “Cada vez mais abre possibilidades para pessoas com nanismo possam fazer qualquer papel, seja no teatro, tv ou cinema, sem necessariamente ser um papel de bobo da
corte, secundário ou escada.” Explica.
Segundo Léo, cada vez mais as pessoas com deficiência estão sendo melhores representadas na mídia e ocupando lugares de destaque “estão cada vez mais ocupando o lugar de protagonismo e podendo fazer qualquer tipo de papel. Cada vez se tem mais respeito para pessoas com deficiência de uma forma geral.” Enfatiza.
Léo tem um papel de destaque na sociedade, na qual a inclusão ainda é luta constante, pois seus vários papéis e prêmios conquistados fazem dele um representante da comunidade anã na mídia e a cada ação, cada papel, cada conquista todos se sentem representados. Em 2010, fez sua estreia no stand-up comedy e no ano seguinte foi vice-campeão do 1° Campeonato Brasileiro de Stand-up Comedy, promovido pelo festival Risadaria, no mesmo ano ele lançou o livro “O Grande Livro dos Anões” e em 2013, participou do filme O Concurso, dirigido por Pedro Vasconcelos, interpretando o personagem “Polegada”. Atualmente Léo está com o espetáculo “Mentira tem perna curta” e também está com o canal “Gigante Léo” no Youtube.
A mensagem principal deixada por Léo, a igualdade de tratamento, de oportunidades e principalmente a coragem e a vontade de lutar por seus sonhos “Todos nós somos iguais, apenas com necessidades diferentes. Não importa quais limitações você tenha, elas jamais serão maiores que você.” Finaliza.
“Todos nós somos iguais, apenas com necessidades diferentes. Não importa quais limitações você tenha, elas jamais serão maiores que você.”
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Fotos: Reprodução Facebook
Recentemente Léo estreou em novelas com o papel de Hércules comandante de uma trupe de teatro.
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