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Um mapa artístico da pessoa com deficiência


As pessoas com deficiência aos poucos estão ganhando espaço na sociedade, já os vemos na mídia de forma geral, na política, no esporte e também nas artes, certo? Apesar de ainda não terem notabilidade midiática, existem grupos de pessoas com deficiência que se dedicam nas artes.

É essa reflexão que Nicole Somera, Bacharela em Música Popular (canto) e mestra em Artes pela Universidade de Campinas (Unicamp), trás a tona com o livro: O Artista com Deficiência no Brasil. O livro trata-se de sua pesquisa de mestrado que busca discutir as condições sociais da existência e produção de arte de grupos de artistas com deficiência no Brasil.

Na pesquisa Nicole aborda a questão da conexão das pessoas com deficiência com as artes nas esferas familiar, escolar e demais esferas sociais como companhias de teatro, dança, coletivos de artes plásticas, grupos de músicas, pintores, escultores entre Brasília, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Além disso, Nicole realizou entrevistas, analisou obras, levantou fontes em jornais e visitou alguns grupos de artistas.


A pesquisa


Nicole conta que a pesquisa foi realizada entre 2007 e 2008 quando ela entrevistou os artistas “foram 32 entrevistas, com integrantes e lideranças de grupos de artistas com deficiência”, segundo ela os assuntos foram variados “foram muitos assuntos. Desde a formação artística, até relação com a família e arte”. Conta.

Ela explica que o cenário ainda não é positivo para esses artistas “esses artistas ainda circulam no espaço da inclusão, e têm pouca legitimidade no campo exclusivamente artístico mais reconhecido”. Conta.


O método


Para chegar nesse resultado Nicole estudou oito grupos de artistas com deficiência, dois de artes plásticas, dois de música, dois de dança e dois de teatro. Ela explica que os perfis eram variados “seus integrantes eram dos mais diversos perfis, desde aqueles que viviam da arte como instrumento de mendicância, até os que estavam se graduando na área, pensando em multiplicar seu conhecimento”, explica.

Além disso, outra característica importante é como esses grupos utilizavam e viam a arte “veem atividade artística como hobby ou mesmo para desenvolver suas potencialidades, unindo forças com outras pessoas nas mesmas condições físicas ou sensoriais. O grupo se constituía em um instrumento para consumir arte, ir a espetáculos juntos, obter informações sobre programação artística da cidade.” Conta.


As diferentes deficiências

A mesma pluralidade que caracteriza as artes dominou a presença das diferentes deficiências na pesquisa “eu acabei encontrando mais pessoas com deficiência física, surdos e com deficiência visual. Sei que há muitos grupos de pessoas com deficiência intelectual, mas, não foram objeto da minha pesquisa”. Explica.


O livro

O livro está à disposição em diversas livrarias do país. E pode ser comprado na Editoria Appris, pelo valor de R$ 49,00.

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