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Foto do escritorAntonio Silva

UMA INSPIRAÇÃO QUE VEIO DAS ÁGUAS*

Três Coroas - Imagine que você é um jovem cheio de vida, de sonhos, que luta todos os dias pelos seus sonhos, mas que em um dia na volta da faculdade um acidente muda completamente a sua vida. A topique que te trazia para casa capota e de repente você tem redescobrir a vida tetraplégico. Parece roteiro de filme, mas essa é a história do Três-coroense Gabriel Feiten.

O acidente

Gabriel foi vítima de um acidente automobilístico no ano de 2002 que causou a tetraplegia “A minha deficiência se originou através de um acidente automobilístico em 2002. A topique que eu voltava da faculdade capotou e eu sofri uma lesão no pescoço e quebrei as vertebras C6 e C7 e tive uma lesão medular, fiquei tetraplégico.” Conta.

Mudança de vida

A partir de então a vida de Gabriel mudou muito, e foi no esporte em que ele buscou forças para continuar. Mas, isso levou certo tempo, do acidente até o retorno a prática esportiva se passaram três anos, foi inspirado nas Olímpiadas de Atenas, que ele resolveu voltar a praticar esportes “Comecei a praticar esporte a partir de 2005, depois de ter visto a olimpíada de 2004. A natação me trouxe inúmeros benefícios físicos e psicológicos.” Lembra.

Recordes na natação

A partir dai a vida de Gabriel mudou, se o acidente tirou os movimentos, a água devolveu, ambos se completaram, parecem feitos um para o outro. E toda essa química com a piscina só poderia virar medalha, ao todo Gabriel já coleciona mais de 90 ouros na carreira, além de marcas expressivas “Fui 4º colocado na Paralimpíada de Pequim, 4º na copa do mundo de natação, vice-campeão mundial, 4º no Parapan-Americano, quebrei mais de oito vezes o recorde brasileiro e sou o primeiro na minha categoria desde 2008, o 50m costas.” Salienta.


“Fui 4º colocado na Paralimpíada de Pequim, 4º na copa do mundo de natação, vice-campeão mundial, 4º no Parapan-Americano, quebrei mais de oito vezes o recorde brasileiro e sou o primeiro na minha categoria desde 2008, o 50m costas.”

A importância do esporte para a reabilitação

Mas, os resultados na vida de Gabriel vão muito além de medalhas e recordes, a natação trouxe a ele melhora na qualidade de vida e melhor aceitação social, “O esporte me trouxe vários benefícios físicos, eu tinha dificuldade com força, equilibro, controle de temperatura corporal devido à tetraplegia”. Explica.

As dificuldades no dia a dia

Com o tempo Gabriel aprendeu a lidar com a tetraplegia e hoje tem uma vida como a de qualquer outra pessoa, suas principais dificuldades são nas questões de acessibilidade, no mais a prática esportiva o ensinou a vencer qualquer desafio “As principais dificuldades são a falta de acessibilidade, e esporte me ajudou bastante no desenvolvimento de habilidades sociais, o esporte te trás uma oportunidade igualitária.” Ressalta.

Planos para o futuro

Além da natação Gabriel também é atleta de paraciclismo e entre as metas de 2018, está a disputa do campeonato brasileiro e a preparação para o Pan-Americano da modalidade e seguir trabalhando buscando o Parapan-Americano de Lima em 2019 “Ainda esse ano disputar o campeonato brasileiro de ciclismo e natação, o Pan-Americano de ciclismo e o Parapan-Americano de Lima nas provas de natação.” Como mensagem final Gabriel deixa o próprio exemplo e a vontade de vencer independente da situação “Que as pessoas acreditem no seu potencial, e lutem pelos seus sonhos e vencer seus desafios, pra quem tem pensamento forte o impossível é só uma questão de opinião.” Finaliza.


*Texto publicado originalmente na edição impressa do Jornal Integração Paranhana – Edição n° 958 – 27 de Julho de 2018.

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